O Top 8 de Tendências Tecnológicas para 2018

A transformação digital já está a fazer o seu caminho e as empresas precisam de saber que tendências adoptar e no que investir. Aqui ficam algumas das tendências tecnológicas para 2018, que pode utilizar como orientação para o seu negócio.

Já preparou o seu botão de lançamento? Saiba por que galáxias passará em 2018.

1. IA como Decisor

É um facto que a Inteligência Artificial está presente em quase toda a tecnologia que utilizamos. No entanto, é expectável que esta tendência continue a crescer e que se torne realidade em todas as novas plataformas, aplicações ou dispositivos.  Mas, para 2018, a tendência será a capacidade de utilizar IA nos processos de tomada de decisão em diferentes áreas de negócio, com o intuito de  melhorar a experiência do cliente e de reiventar modelos de negócio. A Inteligência Artificial permite-nos otimizar uma tarefa em específico, através de algortimos complexos, e ajuda-nos a tirar conclusões, devido às soluções altamente especializadas de machine learning. Assim, é expectável que as organizações continuem a investir em data scientists para aprimorar a qualidade dos dados.

Segundo a IDC, no ano de 2018, 20% dos maiores retalhistas mundiais utilizarão IA de forma a personalizar a sua experiência de marca, desde o reconhecimento da marca até à decisão de compra; de acordo com  a Gartner, 41% das organizações já fez algum progresso na adoção de soluções de Inteligência Artifcial.

2. RV/RA em reuniões de negócio

A Realidade Virtual e a Realidade Aumentada já não são uma coisa do futuro e depressa mudarão a maneira como fazemos negócio. Segundo a Gartner, o melhor aspeto da RV e da RA, do ponto de vista da produtividade no local de trabalho, é o facto de não ter barreiras/fronteiras. As empresas podem, assim, utilizar uma única pessoa para acolher novos funcionários ou para juntar colegas de trabalho que estão esplhados por várias partes do mundo numa sala de conferências virtual. Este tipo de tecnologias permite captar interações naturais que não seria possível captar através de uma chamada telefónica ou videoconferência, já que facilita a comunicação através da naturalidade da linguagem corporal.

Para além disso, ao estar constantemente ligado à internet através da nossa visão, a necessidade de produção e partilha de informação aumentará exponencialmente. Durante o ano de 2018, será possível observar o ponto de viragem, no qual tecnologias eye tracking, de experiência imersiva e de geolocalização irão ganhar muito mais poder.

3. Augmented Analytics é o futuro

Não podemos afirmar com toda a certeza que a tendência de augmented analytics irá revolucionar os stakeholders já neste ano de 2018. Aquilo que sabemos é que é uma nova onda, certamente disruptiva para o mercado num futuro próximo. As ferramentas de Business Intelligence têm-se tornado cada vez mais fáceis de utilizar, orientadas para uma consumo self-service. No entanto, em paralelo com o aumento do progresso, está o aumento do volume de dados, que cresce de dia para dia.

Assim, o desenvolvimento nas ferramentas de self-service BI pode beneficiar da automação de machine learning com o objetivo de “aumentar” a inteligência humana e o reconhecimento contextual, simplificando processos desde a recolha de dados até chegar aos insights, até à tomada de decisão, até ao impacto verificado no negócio, e através de todo o processo de análise de dados. Augmented analytics é essencial para evitar decisões e insights enviesados e para chegar a conclusões significativas o mais depressa possível.

Segundo a Tableau, “Provou-se a utilidade deste tipo de recursos inteligentes, na assistência da preparação e integração de dados, assim como nos processos analíticos tais como a detecção de padrões”.

4. O RGPD veio para ficar

O dia 25 de Maio irá assinalar uma das mudanças mais significativas em relação à proteção de dados desde o Ato de Proteção de Dados. A Regulação Geral para a Proteção de Dados chega para reformular a maneira como as organizações em toda a Europa gerem a privacidade dos dados e a forma como tratam os dados recolhidos, particularmente quando se trata de supervisão.

Qualquer empresa que guarde ou que processe dados/informação pessoal sobre cidadãos da União Europeia, dentro dos estados membros da UE, serão afetados por esta regra, de uma forma ou de outra, mesmo que não tenham presença física no continente europeu. Os pontos mais importantes são:

  • Deve haver consentimento expresso para o processamento de dados, e a forma como os dados são utilizados também deve ser declarada de forma a que qualquer pessoa a entenda;
  • As empresas devem deixar claro que dados serão processados, como serão processados e com que outras empresas serão partilhados.

5. Centralização digital precisa-se!

Hoje em dia existem dispositivos inteligentes para todos os aspetos da nossa vida: smartphones, smart TVs, smart watches, smart washing machines… e para cada gadget inteligente, existe uma app para controlar. Então, para 2018, os consumidores estão a exigir centralização digital: um único dispositivo ou uma única app, capaz de gerir todas as outras. A tecnologia pode ter encontrado a solução: os smart speakers (ou assistentes virtuais), como, por exemplo, o Amazon Echo ou o Google Home, que podem ser excelentes opções para gerir todas as nossas “coisas” inteligentes.

Este é, definitivamente, um passo na direção certa. Veremos o que 2018 nos trará.

6. Plataformas Conversacionais

Os interfaces conversacionais irão revolucionar a forma como os humanos se relacionam com as máquinas. Atualmente, essas tecnologias são capazes de responder a questões simples, asssim como responder a interações mais complexas, como a inscrição para um webinar. No entanto, o aparecimento de plataformas como o Google Now, a Siri ou a Cortana, permitem-nos ir mais longe e a perspectiva é a de que estas plataformas continuem a a evoluir e que, em breve, consigam realizar tarefas ainda mais complicadas.

De acordo com a Gartner, o facto de este tipo de tecnologia não funcionar com texto escrito pode representar um desafio, já que “os utilizadores têm de comunicar de uma forma muito estruturada e, muitas vezes, é uma experiência frustrante”. Assim, o seu elemento diferenciador será a robustez dos modelos conversacionais e a API.

7. Revisitar UI

As equipas de design continuarão a ter UI em mente como prioridade máxima no ano de 2018. No entanto, os designers terão de repensar e reconsiderar a maneira como interagimos com as nossas aplicações e dispositivos tecnológicos, devido à diminuição de utilização do desktop e ao uso de smart speakers. A Forbes prevê que a próxima geração de UI terá de incluir novos tipos de imagem e audible clues, e que os consumidores se adaptarão rápido a estas inovações.

Para além disso, é expectável ver imagens e vídeos em full-screen em vários websites porque estas novas tendências permitem um maior engagement com o utilizador, bem como tipografia bold, que será mais utilizada do que as fontes tradicionais.

8. IoT: Para quê?

Ao longo do ano 2017 verificou-se um enorme investimento em IoT, com inúmeras indústrias a investir em produtos de consumo, como wearables e dispositivos eletrónicos conectados e, claro, IoT funcionará como um dos principais impulsionadores da transformação digital em 2018.

Os modelos de negócio irão certamente experienciar ventos de mudança, e o mesmo acontecerá aos processos de trabalho, já que a produtividade aumentará e as experiências do consumidor melhorarão. Na verdade, o IoT enquadra-se em muitas das tendências cima analisadas: augmented analytics, centralização digital, AI, RV/RA, etc. O que importa, agora, não são as coisas que estão ligadas à internet, mas a utilização que fazemos dessas mesmas coisas.

Para além disto, uma das principais tendências é a integração entre IoT e blockchain, que provavelmente fará a sua grande entrada no mercado já no ano de 2018. Os Blockchain serão úteis para aumentar a segurança nas transações e em toda a cadeia de distribuição. Segundo a IBM, “Um blockchain é uma forma altamente segura de registar transações e acordos contratuais”. É uma maneira simples de registar transações num “bloco” digital, conectado a registos de outras operações para formar uma cadeia. As empresas podem utilizar essa mesma cadeia para registar trocas de dinheiro, armazenar acordos contratuais ou até documentar a forma como os bens se movem através de uma cadeia de distribuição.

Ana PaneiroO Top 8 de Tendências Tecnológicas para 2018

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