Business Intelligence: como definir uma estratégia de governance

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Existem alguns pontos-chave que deve considerar ao estabelecer uma estratégia de governance.
  • São eles: Acessos, Workspaces, Row Level Security, Content Management, Data catalog and quality.

Atualmente, as empresas estão a aumentar a sua cultura mais analítica, o que as ajuda a tornarem-se mais data-driven. À medida que essa transformação acontece, existem alguns pontos a ter em conta, sendo um deles a organização de todos os dados e conteúdos.

A governance de dados existe para garantir que os dados corretos estão disponíveis para utilizadores específicos numa organização, com a melhor qualidade possível. Este processo cria conteúdo seguro e confiável para utilizadores, independentemente do nível de conhecimento em dados, assim como separa a análise de negócio e a análise ad-hoc.

Quais são os pontos-chave que deve considerar ao estabelecer uma estratégia de governance:

1. Acessos

O primeiro ponto a ser abordado ao explicar governance, é o acesso ao conteúdo. Quando cria conteúdo, como datasets e dashboards, pode querer partilhar com os seus colegas ou pessoas específicas da sua organização.

Plataformas como o Power BI Service permitem que publique conteúdo, mas a ideia é que apenas pessoas especificas possam aceder. Isto acontece por meio de acesso e permissões. Por exemplo, no Power BI Service, pode ter todos os utilizadores da sua empresa divididos em grupos com diferentes permissões e, como o Power BI é uma ferramenta da Microsoft, pode ser facilmente integrado com o Active Directory. Isso significa que apenas precisa de conectar o Active Directory ao seu Power BI Service e todos os utilizadores e grupos que criar ou que já tenham sido criados serão sincronizados.

Algo assim, oferece a oportunidade de escolher quem pode ver o conteúdo que foi criado e publicado para ser partilhado. Mesmo assim, existem níveis de permissões, o que significa que algumas pessoas podem apenas visualizar, enquanto outras podem editar ou ter permissões de administrador mais avançadas. A decisão é sua.

2. Workspaces

O Power BI Service possui outro recurso interessante. Ele é dividido em workspaces, nos quais pode publicar o conteúdo de um projeto específico. Imagine que tem uma iniciativa de marketing para criar um dashboard para avaliar as suas métricas. O dataset e os dashboards adicionais que vai construir em torno dessa iniciativa estarão num workspace específico. Agora, imagine uma iniciativa de recursos humanos para avaliar a rotatividade, isso será outro workspace, e assim por adiante. Esta é uma maneira de organizar o conteúdo em pastas diferentes, nas quais decide quem pode ter acesso e o que cada pessoa pode fazer, já que cada utilizador terá permissões diferentes em cada pasta (workspace).

3. Row Level Security

Row-level Security (RLS) pode ser usado para controlar o acesso de determinados utilizadores. Esta funcionalidade restringe o acesso aos dados e pode definir filtros dentro das roles ou permissões que os utilizadores possuem. Isto é interessante quando vários utilizadores têm a mesma role, mas cada um só pode ver os seus próprios dados. O Power BI funciona bem com isso, restringindo o acesso que os utilizadores com permissões de visualização têm aos dados. O RLS pode ser configurado para uma conexão direta com a fonte de dados ou para a importação de dados para que possa partilhar os seus dashboards no Power BI Service.

4. Content Management

Uma das melhores coisas sobre governance de conteúdo é que pode publicar em plataformas, como o Power BI Service os datasets que criou, separados dos seus relatórios e dar aos utilizadores a capacidade de construir relatórios ou dashboards completamente diferentes usando esses mesmos datasets. O que acontece é que centraliza o dataset que construiu, e todas as pessoas ou equipas com as permissões certas podem usar os dados com diferentes finalidades.

Quando tem os seus datasets e certificados por um responsável pelos dados (data steward), terá uma “única fonte de verdade” e a sua empresa estará mais próxima de uma cultura data-driven bem-sucedida.

5. Data catalog and quality

Criar procedimentos de governance nem sempre é fácil. Deve ser planeado, bem visualizado, deve ter regras bem definidas e os riscos devem ser identificados.

Existem ferramentas que podem ajudar nesse processo. Já falámos sobre a governance de conteúdo com o Power BI, que pode ser centralizado no ambiente do Azure Synapse, mas precisamos de falar sobre a catalogação de dados e a qualidade dos mesmos. O Microsoft Purview é a ferramenta que a Microsoft oferece para criar um mapeamento abrangente dos seus dados, com exploração automatizada, classificação de dados sensíveis e lineage global dos dados. Com este tipo de ferramenta, vai poder criar fluxos para melhorar a qualidade dos seus ativos de informação e é uma ferramenta na qual pode integrar, centralizar e certificar as fontes de dados para ajudá-lo a explorar dados, rotulá-los, protegê-los e geri-los adequadamente.

Pensamentos finais

Implementar uma estratégia de governance não é fácil, mas é necessário. Devem ser definidos procedimentos e regras para obter um processo limpo e bem organizado.

Nos últimos anos, a Microsoft tem trabalhado para oferecer um bom ambiente para as empresas desenvolverem estratégias de governance e integrações com as suas ferramentas.

A verdade é que, ao ter uma boa implementação de governance de dados, será capaz de otimizar o tempo da sua equipa de IT, removendo o seu foco na criação de conteúdo e permitindo que estes se concentrem mais em questões de arquitetura, datasets, acessos e permissões.

Isso significa que, com uma estratégia de governance adequada, pode capacitar os utilizadores de negócios com os datasets certificados necessários para que eles possam construir os seus relatórios e dashboards, deixando a sua equipa de IT focada em governance em vez de o desenvolvimento de visualizações de negócio. Sabemos que, quando alcançar o modelo de governance ideal, os resultados serão prontamente visíveis: mais qualidade nos dados, que serão fáceis de aceder, fáceis de criar insights ou relatórios e, o mais importante, confiáveis para a tomada de decisões.

Filipe SantosBusiness Intelligence: como definir uma estratégia de governance

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